Queridos,
estou com um problema em meu computador, por esse motivo que não tenho publicado os estudos do apocalipse, mas hoje postarei a partir do computador daqui do trabalho, espero que vocês não tenham perdido o foco dos estudos. Paramos no capítulo 6 de apocalipse.
Capítulo 7
"Depois disso vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos, para impedir que qualquer vento soprasse na terra, no mar ou em qualquer árvore. Então vi outro anjo subindo do Oriente, tendo o selo do Deus vivo. Ele bradou em alta voz aos quatro anjos a quem havia sido dado poder para danificar a terra e o mar: “Não danifiquem, nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até que selemos as testas dos servos do nosso Deus”. (Ap. 7.1-3)
O capítulo sete não é uma visão cronológica ao capítulo seis, mas aqui é a resposta de quem suportará a ira de Deus, feita no final do capítulo anterior.
“o trecho de Ap 6.17 promete a ira divina contra os rebeldes. Este sétimo capítulo mostra que essa “ira” não poderá ser descarregada contra os “assinalados”, os quais estão justificados em Cristo”.
Deus como o dono da história estabeleceu juízo sobre a terra, mas esse juízo só será cumprido enquanto todos os escolhidos de Deus dos quatros canto da terra sejam selados para proteção e livramento do juízo.
Os anjos que estavam segurando os ventos para que não soprassem contra a terra simboliza que Deus esta segurando a sua ira, que o juízo está pronto, mas não foi executado ainda porque os eleitos ainda estão sendo selados.
O selo significa que somos propriedade exclusiva de Deus e esse selo é o próprio Espírito Santo, porque quando nós ouvimos e cremos na palavra da verdade, o evangelho que nos salvou, nós fomos selados em Cristo com o Espírito Santo da promessa, que é a garantia da nossa herança até a redenção daqueles que pertencem a Deus, para o louvor da sua glória (Ef. 1.13-14). Essa passagem também combina com a visão do profeta Ezequiel, no capítulo nove do seu livro.
"Então ouvi o número dos que foram selados: cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos de Israel. Da tribo de Judá foram selados doze mil, da tribo de Rúben, doze mil, da tribo de Gade, doze mil, da tribo de Aser, doze mil, da tribo de Naftali, doze mil, da tribo de Manassés, doze mil, da tribo de Simeão, doze mil, da tribo de Levi, doze mil, da tribo de Issacar, doze mil,8 da tribo de Zebulom, doze mil, da tribo de José, doze mil, da tribo de Benjamim, doze mil. Depois disso olhei, e diante de mim estava uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé, diante do trono e do Cordeiro, com vestes brancas e segurando palmas. E clamavam em alta voz: “A salvação pertence ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro”. (Ap. 7.4-10)
Existem algumas interpretações para esse numero de cento e quarenta e quatro mil selados. “A interpretação futurista é que se trata do número literal de judeus, 12 mil de cada uma das tribos de Israel”.
“também tem a teoria de que esses representam os judeus cristãos, e a grande multidão que nenhum homem pode enumerar representa os cristãos gentílicos”.
Para o Dr. Russel Shedd o mais “provável que este símbolo se refira a toda a Igreja composta de Judeus e gentios (Gl.3.28), vista pelo prisma da sua eleição e perfeição em Cristo”
Esse texto quer nos dizer que de todos os servos verdadeiros (os que estão selados) de Deus, de todos os tempos, seja judeus, ou cristãos serão poupados do juízo de Deus, da ira do Senhor. A igreja universal será salva, tantos os servos da primeira aliança, quanto os servos da segunda aliança, à aliança da Graça.
Esse número é um símbolo e não uma estatística. João primeiro vê da perspectiva de Deus e é o Senhor que dá o número e ELE sabe exatamente o número dos seus servos. O Senhor sabe exatamente quem são os que serão poupados do juízo.
Depois João se vira e a visão muda, passa a ver da perspectiva humana, e para nós a multidão de servos é incontável, agora ele vê a igreja no céu, glorificando o Senhor.
"Todos os anjos estavam em pé ao redor do trono, dos anciãos e dos quatro seres viventes. Eles se prostraram com o rosto em terra diante do trono e adoraram a Deus, dizendo: “Amém! Louvor e glória, sabedoria, ação de graças, honra, poder e força sejam ao nosso Deus para todo o sempre. Amém!” Então um dos anciãos me perguntou: “Quem são estes que estão vestidos de branco, e de onde vieram?” Respondi: Senhor, tu o sabes. E ele disse: “Esses sãos os que vieram da grande tribulação e lavaram as suas vestes no sangue do cordeiro". (Ap. 7.11-14)
Um dos anciões que simboliza a Igreja glorificada pergunta a João que são aquela multidão de gente, e isso é muito interessante, que mostra para nós que no céu nós vamos nos relacionar uns com os outros, no céu nossa individualidade será respeitada.
Nesses versículos é interessante também destacar que a Igreja esta vindo dá tribulação, ela não foi resgatada antes da tribulação, como pensam os pré-tribulacionistas e nem depois da tribulação, como pensam os pós-tribulacionistas.
A igreja de Cristo desde a sua constituição até o fim dos tempos enfrentará perseguição e tribulação. Jesus disse que no mundo a igreja teria aflições (Jo.16.33) e disse que também que bem aventurados são os que enfrentam a perseguição por causa Dele, porque grande é a recompensa nos céus. (Mt.5.10-12), mas com certeza a medida que estivermos próximo do tempo do fim, a tribulação aumentará e a Igreja sofrerá como nunca havia sofrido antes (Mt.24.21-22).
Por isso, eles estão diante do trono de Deus e o servem dia e noite em seu santuário; e aquele que está assentado no trono estenderá sobre eles o seu tabernáculo. Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede. Não os afligirá o sol, nem qualquer calor abrasador, pois o Cordeiro que está no centro do trono será o seu Pastor; ele os guiará às fontes de água viva. E Deus enxugará dos seus olhos toda lágrima”. (Ap.7.15-17)
A igreja no céu adorará a Deus continuamente, servir dia e noite em seu santuário é um simbolismo para dizer que adoraremos a Deus eternamente, no céu a Igreja não terá mais necessidade de absolutamente nada, não terá sede, não terá fome e não irá sofrer mais, porque o céu é um lugar de alegria, de gozo e paz. A Igreja será cuidada por Cristo e Ele nos levará ao Pai.
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1 -SILVA, Severino Pedro da. Apocalipse versículo por versículo, p.99
2 -HALLEY, Henry Hampton . Manual Bíblico de Halley, p. 744
3 -SUMMERS, Ray. Digno é o cordeiro, p. 196
4 -SHEDD, Russell P. A Escatologia do Novo Testamento, p. 43
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