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Nesse momento estamos estudando o livro de apocalipse capítulo por capítulo, cada estudo sendo publicado uma vez por semana nas segundas-feiras!





quarta-feira, 6 de outubro de 2010

ESTUDO 13

Capítulo 11 do Apocalipse

Deram-me um caniço semelhante a uma vara de medir, e me disseram: “Vá e meça o templo de Deus e o altar, e conte os adoradores que lá estiverem”. Exclua, porém, o pátio exterior; não o meça, pois ele foi dado aos gentios. Eles pisarão a cidade santa durante quarenta e dois meses. (Ap.11.1-2)

O capítulo onze é uma continuação do interlúdio entre a sexta trombeta e a sétima. É dada a João uma ordem para medir o templo, o altar de Deus e os adoradores. Alguns pensam que se refere à destruição do templo em 70 d.C. Outros tem o pensamento que não se trata de um templo material e sim um templo espiritual. Ainda tem os futuristas que acham que no período da tribulação no final dos tempos será construído um novo templo. [1]

“Quatro templos em Jerusalém são mencionados na Bíblia. Dois (de Salomão e de Herodes) já passaram, mas outros dois (o templo da tribulação e do milênio) serão construídos no futuro de acordo com as profecias. O último templo (do Milênio) será construído pelo próprio Senhor Jesus Cristo quando Ele estabelecer o reino messiânico... Mas o templo da Tribulação deve vir primeiro. [2]

Essa é a visão futurista. Eles imaginam que essa ordem dada a João para medir o templo, “certamente implica de que haverá alguma espécie de templo em Jerusalém nessa ocasião” [3]

Mas ao que parece ser mais coerente é opinião do Doutor Russel Shedd quando ele diz: “A medição do santuário representa tal como a selagem dos santos no capítulo sete, a proteção espiritual (não física) dos membros regenerados da igreja”. [4]

Precisamos entender que o Apocalipse é de uma linguagem muito simbólica o capítulo onze “não quer dizer que o templo de Jerusalém estivesse ainda de pé, nem que seria restaurado antes do fim do mundo e da segunda vinda de Cristo...O templo seria medido como prova de cuidado e preservação especiais” [5].

João esta passando uma mensagem onde ele nos apresenta a proteção o cuidado de Deus, a separação da Igreja de Cristo do mundo ímpio, a Igreja verdadeira, todas as pessoas Salvas de todos os tempos, aqui nessa visão estão sendo medidas, para proteção da parte de Deus. Apenas os selados, aqueles que de fato de um profundo relacionamento com Deus. Por isso ele não mediu o pátio do templo.

A visão prosseguiu e João nos dá o tempo que a Igreja será pisoteada, quarenta e dois meses, que também é simbólico e representa o período da primeira e segunda vinda de Cristo. Ou seja, no tempo dos gentios, que é o tempo da graça, a Igreja que é o verdadeiro templo, será perseguida, pisoteada, torturada, mas ela é vitoriosa porque ela é separada por Deus, protegida, selada pelo Espírito Santo, lembrando que essa proteção é espiritual.

Darei poder às minhas duas testemunhas, e elas profetizarão durante mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco”. Estas são as duas oliveiras e os dois candelabros que permanecem diante do Senhor da terra. Se alguém quiser causar-lhes dano, da boca deles sairá fogo que devorará os seus inimigos. É assim que deve morrer qualquer pessoa que quiser causar-lhes dano. Estes homens têm poder para fechar o céu, de modo que não chova durante o tempo em que estiverem profetizando, e têm poder para transformar a água em sangue e ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas vezes desejarem. Quando eles tiverem terminado o seu testemunho, a besta que vem do Abismo os atacará. E irá vencê-los e matá-los. Os seus cadáveres ficarão expostos na rua principal da grande cidade, que figuradamente é chamada Sodoma e Egito, onde também foi crucificado o seu Senhor. Durante três dias e meio, gente de todos os povos, tribos, línguas e nações contemplarão os seus cadáveres e não permitirão que sejam sepultados. Os habitantes da terra se alegrarão por causa deles e festejarão, enviando presentes uns aos outros, pois esses dois profetas haviam atormentado os que habitam na terra. Mas, depois dos três dias e meio, entrou neles um sopro de vida da parte de Deus, e eles ficaram em pé, e um grande terror tomou conta daqueles que os viram. Então eles ouviram uma forte voz dos céus que lhes disse: “Subam para cá”. E eles subiram para os céus numa nuvem, enquanto os seus inimigos olhavam. Naquela mesma hora houve um forte terremoto, e um décimo da cidade ruiu. Sete mil pessoas foram mortas no terremoto; os sobreviventes ficaram aterrorizados e deram glória ao Deus dos céus. O segundo ai passou; o terceiro ai virá em breve. (Ap.11.3-14)

“As duas testemunhas que devem levantar-se dos mortos tem sido identificadas de várias maneiras. Para alguns comentadores trata-se de Enoque e Elias (Gn 5.24, 2Rs 2.11), Moisés e Elias (Dt 34.6, Lc 9.30-31; Jd v.9), Josuel e Zorobabel (Zc 4), João e Paulo, o Antigo e o Novo Testamento, A lei e a Graça, a Igreja e ao pregador, etc.” [6]

Aqui mais uma vez as opiniões são variadas a respeito dessas testemunhas. Alejandro Bullón escritor muito conceituado dos Adventistas acredita que é o símbolo do Velho e do Novo Testamento. [7]

“Mas para os futuristas essa passagem precisa ser interpretada literalmente, acham que devem ser homens com poderes sobrenaturais” [8]. Uns pensam que são Moisés e Elias, pois o próprio texto dá entender assim, pois se referem aos prodígios feitos por esses dois personagens Bíblicos. Outros ainda imaginam que sejam Enoque e Elias, pois esses dois não experimentaram a morte e Deus permitiria que eles viessem a terra para pregar no fim, no período de mil duzentos e sessenta dias e ai depois de terminado os seus testemunhos iriam experimentar a morte.

Mas para os reformadores esse texto representa a “própria Igreja e sua capacidade profética” [9]. Mostra que Deus outorgou poder para Igreja para profetizar, para pregar durante o tempo dos gentios, o tempo da graça, o tempo da primeira e segunda vinda de Cristo. É a Igreja que permanece diante do Senhor da terra. É o testemunho do povo de Deus na história. E a igreja será indestrutível até terminar a sua missão de pregar. E percebemos que do tempo de João até os nossos dias a Igreja tem sido perseguida, atacada, massacrada, mas nunca destruída. A Igreja em sua história já enfrentou muitos momentos de turbulência e tribulação, mas saiu de todos eles mais fortalecida. É nessa direção que Satanás está amarrado, limitado, porque ele não pode tocar, não pode contra a Igreja, não pode impedir que os escolhidos de Deus sejam alcançados pela mensagem do evangelho e se convertam a Cristo, mas quando chega o tempo da morte para os filhos e filhas de Deus, Satanás tem o poder (outorgado por Deus) de lhes tirar a vida, isso para o mundo ímpio é festa, é alegria, assim como os Cristãos serviam para divertimento dos Romanos, quando eles eram jogados em “arenas para serem dilacerados pelos animais” [10]. Mas o mesmo tempo que isso parece destruição e derrota, a Igreja ainda vence Satanás através da morte, A igreja fica de pé, porque fomos lavados e remidos no Sangue de Jesus, o nosso Cordeiro, que nos deu vida eterna. E foi isso que estava acontecendo no tempo de João, os servos de Deus estavam sendo martirizados, mas eles venciam Satanás, pois não negavam a Cristo e isso vem acontecendo no decorrer da história e se intensificará no fim, onde Jesus afirmou que serão tempos muito difíceis.

E a Igreja ressuscitada entra na Glória e o mundo ímpio sofre o terror do Juízo de Deus.

O sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve fortes vozes nos céus que diziam: “O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre”. Os vinte e quatro anciãos que estavam assentados em seus tronos diante de Deus prostraram-se sobre seus rostos e adoraram a Deus, dizendo: “Graças te damos, Senhor Deus todo-poderoso, que és e que eras, porque assumiste o teu grande poder e começaste a reinar. As nações se iraram; e chegou a tua ira. Chegou o tempo de julgares os mortos e de recompensares os teus servos, os profetas, os teus santos e os que temem o teu nome, tanto pequenos como grandes, e de destruir os que destroem a terra”. Então foi aberto o santuário de Deus nos céus, e ali foi vista a arca da sua aliança. Houve relâmpagos, vozes, trovões, um terremoto e um grande temporal de granizo. (Ap. 11:15-19)

A sétima trombeta foi tocada, a vitória da Igreja esta sendo anunciada, porque o Reino de Deus esta sendo estabelecido e Jesus Reinará para todo sempre, a partir de agora todos os inimigos estarão de baixo dos seus pés. E a sétima trombeta desembocara nas sete taças da ira de Deus e agora não tem mais salvação para o homem rebelde.

E A Igreja glorificada se prostra diante de Deus e O louva por o dia do Juízo chegou e os ímpios serão destruído e lançado no fogo eterno.

E depois do Juízo o santuário foi aberto e isso significa que a comunhão esta completa e os santos têm livre acesso a presença de Deus e viverá eternamente ao lado do Pai.



[1] HALLEY, Henry Hampton . Manual Bíblico de Halley, p. 747

[2] ICE, Thomas e Timothy Demy . A verdade sobre o templo dos últimos dias, p. 14

[3] MOODY. Comentário Bíblico. Volume 5, Romanos à Apocalipse, p.428

[4]SHEDD, Russell P. A Escatologia do Novo Testamento, p. 45

[5]SUMMERS, Ray. Digno é o cordeiro, p. 218

[6] SILVA, Severino Pedro da. Apocalipse versículo por versículo, p.150

[7]BULLON, Alejandro. O Terceiro Milênio e as profecias do apocalipse , p.56

[8]SUMMERS, Ray. Digno é o cordeiro, p. 219

[9]DAVIDSON, F. O Novo Comentário da Bíblia, p. 1466

[10] GONZÁLEZ, Justo L. A era dos mártires, uma história ilustrada do Cristianismo vol. 1, p.69

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