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Nesse momento estamos estudando o livro de apocalipse capítulo por capítulo, cada estudo sendo publicado uma vez por semana nas segundas-feiras!





segunda-feira, 5 de abril de 2010

ESTUDO 1

APOCALIPSE


INTRODUÇÃO

O Apocalipse sem dúvida alguma é o livro bíblico mais difícil de ser entendido, e por isso se torna o livro menos lido, menos ensinado, menos discutido em nossas igrejas. Sua linguagem simbólica dificulta por demais o entendimento de sua mensagem, até porque milhares de anos nos separam do contexto do livro.
E esse problema da interpretação do Apocalipse explica em grande parte a discordância entre teólogos evangélicos sobre o assunto. Isso acontece porque queremos ser peritos, mas não temos todos os fatos, desejamos conhecer detalhes e explicar todas as passagens, mas provavelmente respondemos as perguntas que o autor bíblico não pretendia nos transmitir.1

Sem contar que assumimos posições teológicas sem ao menos ter estudado e analisado pessoalmente as passagens Bíblicas para tirarmos nossas próprias conclusões a respeito do Apocalipse. Nos baseamos naquilo que o nossos professores, ou naquilo que os escritores preferidos já discorreram a respeito do assunto.

Em particular, temos algumas escolas de interpretação que divergem completamente, dependendo da escola que considerarmos mais coerente, à mensagem do apocalipse muda seu sentido, por isso vamos estudar um pouco de cada escola de interpretação e depois faremos uma interpretação simplificada do livro.

Independente da escola que adotarmos, ainda existe uma discussão teológica sobre o milênio (reinado terreno de Jesus), e dentro de uma vertente do milênio a uma discussão grande sobre o arrebatamento (antes ou depois da tribulação).Vamos observar também essas posições.

Todo cristão tem a curiosidade de saber o que significa os símbolos do Apocalipse, os vinte e quatro anciões, os quatro seres viventes, as duas testemunhas, a besta, a mulher e o dragão, as taças, as trombetas, o livro, os selos e tantos outros símbolos utilizados na escrita desse livro.

Esse trabalho acadêmico tem por objetivo de esclarecer essas e muitas outras indagações a respeito do livro do Apocalipse.

Mas para isso precisamos primeiro estudar as diversas escolas de interpretação.

I. ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO DO APOCALIPSE

No decorrer da História do Cristianismo têm surgido algumas escolas de interpretação do Apocalipse. Uns acreditam que a mensagem apocalíptica era apenas para os cristãos da época da escrita, que estavam enfrentando uma brutal perseguição. Outros já acreditam completamente diferente e pensam que o livro é quase na sua totalidade para o fim de todas as coisas, sem ter muita aplicabilidade para os crentes contemporâneos de João. Mas existem ainda outros que crêem que o livro descreve apenas a apostasia da Igreja Romana, ou ainda que o livro não tenha nem um significado pertinente para os crentes de hoje, simplesmente pensam que o livro é uma coletânea de mitos cristãos sem nenhum sentido.

O objetivo desse capítulo é de estudar essas escolas de interpretação e começaremos pela escola futurista.

1.1 Escola Futurista

Esse método entende que o Apocalipse é totalmente escatológico, que suas revelações são para o tempo do fim. Assim encaram o livro como um quantitativo de profecias que ainda não se cumpriram. Acreditam que o livro deve ser encarado como profético.

Entendem que do capítulo quatro até o final do livro são profecias dos últimos tempos que estão intrinsecamente ligados a volta de Jesus e elas acontecerão antes, durante e depois a volta de Cristo.

"Os futuristas acham que os acontecimentos do capítulo 4 ao capítulo 19 devem ter lugar dentro do breve espaço de sete anos. Interpretam este período de tribulação como sendo o da septuagésima semana mencionada na conhecida profecia de Daniel 9:24-27, semana essa que eles tomam como tendo sido separada por muitos séculos das outras sessenta e nove, e que se cumprirá no final da Era Cristã".²

Grande parte dos futuristas são literalistas, acreditam que as revelações do livro acontecerão ao pé da letra, exatamente como está escrito, não levando em consideração o número acentuado de símbolos do livro. Esta escola esta dividida entre os pré-milenistas e os dispensacionalistas.

Um dos problemas que encontramos com a escola futurista é que ela desconsidera a necessidade que a Igreja da época tinha de receber uma mensagem de encorajamento, de fé, de esperança. Já que sua mensagem é praticamente escatológica, ela perdeu o sentido para os primeiros cristãos que receberam esse livro.

Outro problema é a afirmação de João que a revelação entregue por Jesus era de coisas que em breve haveria de acontecer (Ap.1:1)3 e não profecias para milhares de anos depois.

1.2 Escola Preterista

É a escola antagônica à futurista, enquanto a primeira interpreta as profecias apocalípticas quase na sua totalidade para o final dos tempos, a escola preterista entende que poucas coisas ainda estão para serem cumpridas, para os preteristas as revelações apocalípticas já foram cumpridas no passado à época do Império Romano.
Para esses apenas o juízo final e o estado final da humanidade esta para ser cumprido.

Entendem que o livro do apocalipse em sua maior parte serve apenas como forma de literatura para os crentes de hoje.

Da mesma forma que não podemos nos esquecer dos crentes primitivos, os primeiros que receberam o livro, interpretando o apocalipse apenas para o futuro. Também não podemos esquecer que a “Bíblia é a palavra de Deus divinamente inspirada e dada aos homens”4 e nela esta contida a revelação de Deus para salvação dos homens de todos os tempos, por isso não podemos interpretar o Apocalipse apenas para o passado.

1.3 Escola da Continuidade-Histórica

Essa escola entende que o apocalipse é um conjunto de revelações que tem seu cumprimento desde João até o final dos tempos. Ele trata o apocalipse como uma predição da história da Igreja.

Eles entendem que o Apocalipse profetiza a apostasia da Igreja Católica Romana, aplicando aos acontecimentos históricos os símbolos do Apocalipse.

"Grandes homens de Deus defenderam essa escola de interpretação como: Wycliffe, Lutero, Bullinger, Brightman, Fox, E.B. Elliott, Alberto Barnes, Guinness, Lord e Carroll"5.

Esse método de interpretação faz com que o Apocalipse seja ajustado com forme a história e com o passar do tempo ficou em desuso, pois à medida que os anos passaram os acontecimentos históricos foram sendo produzidos em grande escala, sendo desajustado então aquilo que eles interpretaram como mensagem profética.

1.4 Escola da Formação Histórica

Essa escola poderia ser considerada parte da escola preterista, mas com a diferença que essa busca aplicar a mensagem apocalíptica primeiro aos contemporâneos de João e depois tenta entender o que de fato os símbolos, as representações apocalípticas, querem transmitir para a Igreja de todos os tempos.

Esse método ainda defende que as terminologias do Antigo Testamento utilizadas no livro do Apocalipse precisam ser interpretadas a luz do Novo Testamento.

Entende também que as visões, precisam ser interpretadas como um todo, sem forçar os detalhes do simbolismo. Eles também defendem que o Apocalipse é dirigido a imaginação do cristão, assim como a carta de romanos é dirigida a faculdade da razão.

As escolas de interpretação divergem muito em seus métodos de estudo, mas não podemos negar que cada escola é defendida por homens piedosos que buscam a melhor maneira de entender a mensagem desse tão importante livro da Bíblia. Percebemos que cada um tem suas razões, seus pontos fortes e fracos, e que não necessariamente precisamos seguir uma dessas linhas de raciocínio, mas podemos utilizar um ponto ou outro, para tentarmos chegar o mais próximo possível da mensagem que Jesus, através do apóstolo João deixou para Igreja no livro do Apocalipse.

Além da discussão do melhor método de interpretação, existe um outro tipo de debate concernente ao apocalipse, que é quanto a visão teológica do milênio e é sobre isso que vamos estudar na próxima segunda-feira no estudo 2.


1- SHEDD, Russel P. A Escatologia do Novo testamento, p.11
2- SUMMERS, Ray. Digno é o cordeiro, p. 53.
3- Nova Versão Internacional
4- LANGSTON, A.B. Esboço de teologia sistemática, p. 25
5- Barnes, Op. Cit p. 62

3 comentários:

Neusa disse...

Marcio, que maravilha de estudo!!!!!!!!!!!!Muito bom!!!!

Amei!!!!!!!!!!!

Bsj.
Neusa.

Neusamr disse...

Amei!!!!!!!!!!!!!!!!!! Prabéns.

Saudades de vcs !!!!!!!!!

Bjs.

PR. MARCIO ANDRÉ GAMA disse...

Obrigado pelo carinho!!

Continuem acompanhando todas as segundas-feiras!!!

Fiquem na Paz do Senhor Jesus!!

Marcio André